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Professor de EF aos 80 anos comanda academia22/12/2008 - Academia
O médico e pesquisador americano Gene Cohen, especialista em envelhecimento, garante que o auge da criatividade é alcançado entre os 50 e 70 anos. A conclusão combina com o vigor de homens e mulheres que não perdem a energia após a aposentadoria, abrem os próprios negócios ou investem na profissão que não puderam exercer na juventude.
Professor de educação física durante 30 anos na ITE (Instituição Toledo de Ensino) e 12 na Unesp, Loyl Pinho, 80 anos, tinha vigor de sobra quando precisou se aposentar, aos 70 de idade limite para um professor universitário).
Tentou dar aulas em academias particulares, mas, aos 75, decidiu abrir o próprio negócio. Ele é dono do Apollum Centro de Condicionamento Físico, especializado em terceira idade, assunto que foi tema de sua dissertação de mestrado.
Tem 15 alunos, acompanha de perto os exercícios de todos e administra sozinho o negócio. A mulher, Marilena Pinho, também professora de educação física, transporta os alunos que preferem não ir sozinhos à academia, que fica numa chácara perto da rodovia Bauru-Marília.
“Eu estaria doente ou até teria morrido se não tivesse isso”, diz Loyl, um homem musculoso que nem pensa em aderir aos “pijamas de bolinhas”, para ele um símbolo do fim da vida.
O professor investiu R$ 30 mil nos equipamentos de musculação, comprados aos poucos e instalados num salão construído especialmente para a academia. Segundo ele, os alunos não se importam com a distância e até gostam de praticar ginástica num local ao lado da natureza.
Ex-segurança vira mágico aos 56 anos Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil terá a sexta população mais idosa do planeta em 2025, com mais de 30 milhões de pessoas acima dos 60 anos.
A expectativa de vida maior e a aposentadoria em torno dos 50 ou 60 anos leva à formação de um grande grupo de pessoas que têm muito tempo pela frente e o risco de sucumbir ao desânimo por causa da falta de projetos profissionais.
É esse destino que aposentados como Loyl Pinho não aceitam.
“Não me arrependo”, diz sobre o negócio que conduz animado o tempo todo.
A história do segurança aposentado Altair Taborda, 56, também é surpreende.
Na adolescência, ele morava em Curitiba e fugiu com um circo. Até os 32 anos trabalhou como palhaço, malabarista e ator.
Quando o circo chegou a Bauru, decidiu ficar. Aqui trabalhou como segurança de banco durante 22 anos. Depois da aposentadoria, foi para a Universidade Aberta da Terceira Idade, da USC (Universidade do Sagrado Coração). Lá, teve aulas com o mágico Átila e voltou aos velhos tempos. Ele não pretende voltar a atuar em circos, mas já faz shows de mágica em clubes e entidades.
Gislaine Fantini, coordenadora da universidade, afirma que não existe o objetivo de formar empreendedores e sim a oportunidade de aprender coisas novas, o que leva muitos alunos a descobrir ou reencontrar talentos.
Fonte: Rede Bom dia