* Em várias modalidades esportivas, entre elas a Formula 1, se é que Formula 1 pode ser considerado esporte, os cartolas mexem nas regras de uma temporada para outra, de forma sutil ou radical, tudo para adequar a disputa a um cenário de equilíbrio e proporcionar emoção, por conseguinte, interesse do publico alvo, qual seja, o torcedor. Pois o nosso Brasileirão conseguiu ludibriar magistralmente toda a cartolagem e inibir qualquer manobra, uma vez que o campeonato foi e está sendo, em tese, emocionante na medida em que até a penúltima rodada ainda temos 04 (quatro) clubes disputando o titulo máximo, o que por sua vez afasta por completo qualquer tentativa de mudança. O problema é que se o São Paulo se sagrar campeão, e o merecimento é incontestável haja vista que os outros se recusam definitivamente a assumir a liderança, apesar de todo o equilíbrio que marcou a competição, o resultado final vai nos jogar em uma insossa mesmice. Sendo assim vamos torcer pelo Inter, pois ele agora passou a ser o guerreiro do equilíbrio, o responsável por continuar nos garantido algum “tesão” futebolístico.
* Eu, do meu canto, alimentando ingenuamente um doce sonho de reviver o que vi e vivi na minha infância e adolescência, ou seja, ver os principais jogadores brasileiros jogando no Brasil, torço para que este escândalo que se vislumbra no futebol europeu, onde já se comprovou a manipulação de resultados em jogos de vários torneios, entre eles até alguns da Champions Legue e tudo para beneficiar a milionária banca de apostas que encontra sua principal casa na Inglaterra; provoque descrédito e fuga de investimento por parte das grandes empresas em face do futebol na Europa, vou explicar o porque.
Não podemos nos iludir achando que se a nossa gestão esportiva se modernizar e conduzir de forma mais profissional e correta os rumos dos principais clubes, vamos conseguir em menos de 15 ou 20 anos nos igualarmos aos europeus em termos de arrecadação e orçamento. Talvez isso até nem seja possível um dia, pois nada me tira da cabeça que as Instituições esportivas dos principais centros do velho continente, de forma direta ou indireta, “lavam” dinheiro de mega-corporações, mas isso fica para uma outra resenha; de mais a mais, na Europa, futebol é para o pessoal da classe média e para os ricos, já no Brasil o futebol é do povo em toda acepção da palavra.
Enfim, com o olhar desconfiado da torcida e obviamente questionando tudo e qualquer coisa que não lhe pareça normal, e, conseqüentemente com a falta dos milionários recursos que no velho mundo vêm de todos os lados, acho pouco provável que os clubes sairão mundo a fora pegando todo o material humano existente, muito das vezes para nem mesmo aproveitar o atleta, emprestando-o reiteradamente para clubes de menor expressão, o que via de regra só enterra a carreira do jogador.
Falo isso pois sou de uma época em que via na mesma edição do campeonato brasileiro, a seguinte situação: Reinaldo jogando no Galo, Zico no Flamengo, Roberto Dinamite no Vasco, Falcão no Inter, Socrátes no Corinthians e etc..
* Notei que os jornalistas esportivos da Band e Bandnews, subitamente pararam de criticar com veemência o atacante Robinho, especialemnte o maqueteiro Milton Neves, isso porque ele foi contratado como garoto propaganda da SAMSUNG que por sua vez será a principal cotista do Grupo Bandeirantes na transmissão da copa 2014. O engraçado é que a imprensa que tanto lutou junto a ditadura militar pela liberdade de expressão, agora, eventualmente tem este direito tolido por questões econômicas, mas fazer o que! Como diria Tim Maia “o mundo só vai melhorar quando acabarem com o dinheiro, enquanto isso que não me falte algum”.
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