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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A IDADE IDEAL PARA INICIAR NO FUTEBOL



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Quando se fala em iniciação ao futebol, a primeira questão a ser respondida é “qual a idade ideal para se iniciar o processo de ensino do futebol?”
por Alcides Scaglia

Esta pergunta não é difícil de ser respondida quando se parte de um referencial teórico advindo da psicologia da aprendizagem, mais especificamente dos estudos de Jean Piaget.
A criança segundo os estudos de Piaget, por volta dos 6/7 anos estaria adentrando ao período operatório concreto e antes ela estaria na fase pré-operatória.
Mas o que isto quer dizer? E qual relação que estas etapas do desenvolvimento cognitivo estabelecem para que a resposta sobre a idade ideal para o início do processo de ensino do futebol possa ser dada?
Pois bem, primeiro é preciso entender que os estudos de Piaget são densos e complexos, porém principalmente pautando no seu livro síntese denominado “Seis estudos de psicologia”, seja possível determinar algumas características peculiares dos períodos pré-operatório e operatório concreto. Mesmo correndo o risco de cair no pecado da superficialidade e do funcionalismo em relação a uma obra tão minuciosa, rica e científica.
O período pré-operatório tem como característica principal a necessidade que a criança, entre 2 e 6 anos, tem de deformar a realidade para que esta se encaixe a sua realidade. Ou seja, o egocentrismo peculiar deste período é aparente pelo simples fato de que é a criança que adapta o mundo ao seu eu, e não ela que se adapta ao mundo.
Desse modo, ela não consegue acompanhar a lógica do adulto, pois como o próprio nome diz, ela ainda está na fase pré-lógica. Esta característica vai criar um ambiente extremamente favorável para o mundo do faz de conta, devendo ser sustentado pelo jogo simbólico.
No que diz respeito à moralidade a lógica é a mesma. A criança está na fase denominada por Piaget, no livro “O julgamento Moral da criança”, de anomia. A qual é muito bem explicada, por um dos maiores estudiosos sobre moralidade piagetiana, o professor Yves De La Taille, quando este, no livro “Piaget, Vygotsky e Wallon”, diz: “na etapa denominada anomia, as de crianças de até cinco, seis anos de idade não seguem regras coletivas”.
Com apenas estas duas colocações provenientes dos estudos de Jean Piaget, já seria possível dizer qual a idade ideal para iniciar o processo de ensino de futebol.
As evidências teóricas revelam que somente após a superação do período pré-operatório que seria possível as crianças aprenderem um jogo coletivo regrado, pois antes disso jogar futebol com outras crianças só é possível se todos tiverem uma bola e a possibilidade de seguir a regra que elas bem desejarem.
E quando falo desejar é também no sentido desse ser o motor da satisfação do jogo de faz de conta, do jogo simbólico. Ou seja, não deverá ser a lógica do adulto professor e muito menos a do futebol (enquanto jogo coletivo regrado) a determinar a aprendizagem.
Assim, uma escolinha de futebol para crianças menores de seis anos deve ser mais vista como um espaço para ampliar o acervo de possibilidades de respostas frente aos jogos de bola com os pés, individuais e simbólicos.
Explicando-me melhor, as aulas para estas crianças deveriam se resumir num ambiente de aprendizagem rico em materiais, por exemplo, com bolas de diferentes tamanhos e cores, em que os jovens jogadores apenas explorariam a motricidade por meio de jogos de bola com os pés.
E nisto se resumiria uma aula. Logo, o professor para dar aula para esta turma de alunos deveria ser o mais preparado e com mais estudos aprofundados sobre como ministrar aulas para crianças por meio de jogos simbólicos. A aula seria um ambiente mágico e fantástico, colorido e rico, adaptado para receber estes alunos.
Antes de continuar, é importante destacar três pontos: :: Primeiro: que o próprio Piaget ressalta que as crianças não se desenvolvem no mesmo ritmo e ao mesmo tempo, assim as idades não devem ser levadas ao pé da letra; :: Segundo: o professor não pode apenas se pautar na idéia de que a aprendizagem só ocorra após o desenvolvimento, mas sim que o professor e o meio devem ser propícios para que a aprendizagem estimule o desenvolvimento, ou seja, que estímulos um pouco além do que as crianças já dominam, devem ser provocados pelas intervenções pedagógicas do professor (evidenciando os estudos sobre a zona de desenvolvimento proximal de Vygotisky); :: Terceiro: em cada momento da fase de desenvolvimento algumas características são mais evidenciadas que outras, ocasionando o fato de que o período pré-operatório não seja igual do começo ao fim, por isso recomendo a leitura do livro “A formação do símbolo na criança” de Jean Piaget.
Em meio ao processo de amadurecimento cognitivo, o que marca a saída da criança da fase pré-operatória para a entrada na operatória concreta é exatamente a descentração.
A criança por volta dos seis, sete anos começa o seu processo de socialização. O seu eu se desloca do centro, e ela percebe que o processo de adaptação ao mundo exige dela interação com os outros.
O mundo não gira mais ao redor do seu umbigo. Neste momento ela precisa do outro, ela precisa buscar se adaptar ao mundo e não mais o mundo se adaptar a ela.
E para isto precisa seguir regras.
Para isto, não basta mais os jogos simbólicos. O jogo coletivo e de regras passa a ser o jogo principal. O jogo propulsor do desenvolvimento e da aprendizagem.
Portanto, seria ao adentrar a fase operatório-concreta o momento mais adequado para o início do processo de ensino do futebol, em uma escolinha, por meio pequenos jogos coletivos com a bola nos pés. Ou mesmo, um futebol com regras simples, porém com duas traves, jogadores, bola, goleiro e juiz.
Fonte: Cidade do Futebol

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